Transtorno de Personalidade Antissocial
O QUE É?
Também conhecido por sociopatia, este transtorno é caracterizado por um padrão generalizado de descaso com as consequências e direitos dos outros.
Geralmente, pessoas que possuem esta perturbação cometem atos ilegais, fraudulentos, exploradores e imprudentes para ganho pessoal ou prazer e sem remorsos. São, normalmente, pessoas agressivas, irresponsáveis, manipuladoras e que tratam as pessoas com indiferença ou com falta de sensibilidade. São impulsivos, não planejam com antecedência e não consideram as consequências para a segurança deles mesmos ou dos outros.
Pacientes com transtorno de personalidade antissocial podem explicar suas ações culpando aqueles que eles prejudicam (usando a típica expressão: "eles mereciam") ou a forma como a vida é ("a vida é injusta"). Eles estão determinados a não serem intimidados e fazem o que eles acham que é melhor para si mesmos a qualquer custo, não mostrando assim qualquer empatia pelo outros.
Estes indivíduos tendem a ter uma opinião elevada de si mesmos e podem ser muito teimosos, autoconfiantes ou arrogantes. Eles podem ser charmosos, volúveis e verbalmente superficiais em seus esforços para conseguirem o que querem.
CAUSAS
As causas para este transtorno podem ser hereditárias, estar relacionadas com alterações nas estruturas cerebrais ou mesmo serem influenciadas pelo ambiente em que a pessoa vive.
Na maioria dos casos, observou-se que grande parte dos portadores tem um histórico de problemas familiares e sociais. Por exemplo:
- Criança que sofreu privação afetiva;
- Mãe com transtorno de personalidade antissocial ou qualquer outro distúrbio mental;
- Pais negligentes;
- Crianças que cresceram em ambiente hostil ou em meio à discórdia conjugal;
- Pais violentos e agressivos;
- Abuso sexual na infância;
- Fatores genéticos ou fisiológicos.
O transtorno de personalidade antissocial é mais comum em parentes de 1º grau de pacientes com o transtorno do que na população em geral. O risco de desenvolver esse transtorno aumenta tanto em filhos adotivos como biológicos dos pais com o transtorno.
COMO É FEITO O TRATAMENTO ?
Não há evidências de que qualquer tratamento específico resulte em uma melhoria de longo prazo, por essa razão, em vez de mudar o paciente, o tratamento visa alcançar outro objetivo a curto prazo, como evitar consequências legais. Uma forma usada neste tratamento é o manejo de contingência (dar ou recusar o que os pacientes querem com base em seus comportamentos).
Pacientes agressivos com impulsividade proeminente e afeto variável, podem se beneficiar do tratamento com terapia cognitivo-comportamental ou fármacos (p. ex., lítio, valproato, inibidores seletivos da recaptação da serotonina [ISRS]).
Antipsicóticos atípicos podem ajudar, mas há menos evidências sobre sua utilização.