A psicologia do mal

  • No dia 19 de Maio de 2022, visualizámos em aula, uma ted talk dada por Philip Zimbardo, sobre a psicologia do mal. 

O que faz com que as pessoas boas tornem-se más? 

A crueldade, isto é, os atos de maldade são cada vez mais recorrentes na nossa sociedade atual. Tanto séries, como filmes e telejornais têm nos mostrado que, ao longo da evolução humana, os casos de crueldade têm vindo a aumentar e que, consequentemente, têm atraído a atenção de muitas pessoas. 

A palestra começa por nos alertar que o mundo sempre esteve e estará repleto de bem e de mal e com isso, recorre a uma ilusão do artista holandês M.C. Escher. Seguindo o contexto, Philip aborda um tema conhecido por efeito de lúcifer, que, por palavras simples, define-se como a tendência para focar apenas nos aspetos negativos, ou seja, nas coisas más em que as pessoas se podem tornar e não nas coisas más que as pessoas são. Este conceito remete para uma definição psicológica: o mal é o exercício de poder e essa é a chave, é sobre podre. 

Quem não se recorda do escândalo que foi a experiência psicológica da prisão de Stanford, ora bem, este será o ponto de partida com que Philip Zimbardo irá se guiar para exemplificar atos de crueldade Certamente, alguma vez na vida, já deves ter ouvido falar na experiência que consistiu na simulação de uma prisão em que os papéis de guardas e de prisioneiros foram atribuídos a estudantes voluntários, com características psicológicas semelhantes. Este experimento tinha o intuito de investigar o comportamento do ser humano numa sociedade na qual os indivíduos são definidos apenas pelo grupo.

Previa-se a duração de quinze dias e, segundo as regras, quem quisesse desistir, poderia abandonar a experiência a todo o momento. Apesar das regras estarem bem definidas e de todos os participantes saberem que se tratava de uma simulação da realidade e de um estudo científico, a verdade é que a experiência foi interrompida ao fim do sexto dia, porque os participantes começaram a viver com total entrega e intensidade os seus papéis, confundindo a representação com a realidade vivida e identificando-se com os personagens que encarnavam.

Alguns "guardas" tornaram-se especialmente violentos, abusaram da autoridade que lhes havia sido concedida e humilharam os seus "prisioneiros", passando a desobedecer às regras estabelecidas; Dessa forma, os "prisioneiros" foram-se tornando submissos, obedecendo gradualmente às ordens mais absurdas.

"Horrível, esta é uma das ilustrações visuais do mal" foi o que disse o psicólogo após mostrar algumas imagens repugnantes da prisão de Stanford. É visível o quão drástico foi a mudança de comportamento das pessoas, principalmente dos "guardas", e com isto, podemos concluir que "Dentro de cada um de nós há um conformista e um totalitário, e não é preciso muito mais do que o uniforme certo para que ele venha à tona".

Na palestra também nos é abordado outros exemplos, como o caso da experiência de Milgram e do suicídio ou assassinato dos 912 cidadãos norte-americanos. 

O heroísmo é o antídoto para o mal. Cada vez mais, os heróis foram substituídos pelos anti-heróis que, de alguma forma, são mais atraentes aos nossos olhos. Estes, de alguma forma, agem como espelhos dos nossos desejos mais sombrios, aqueles que jamais revelaríamos em voz alta. 

Pessoas normais, boas, podem ser transformadas, sem a presença de drogas. Bastam os processos sociopsicológicos.

De modo a concluir o raciocínio, a palestra acaba, solicitando a nós, população humana, que se foque nos aspetos positivos, para com isto, defender o respeito pela dignidade pessoal, pela justiça e pela paz.


Beatriz Pires 2021/2022
 
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